Preciso voltar ao trabalho e agora?
Olá queridos leitores!
Hoje estou aqui para compartilhar com vocês a minha experiência no retorno ao trabalho.
Foram duas, as duas muito diferentes uma da outra.
Da Bianca (que hoje tem quase 6 anos) eu era bancária então deveria retornar ao trabalho após seis meses de licença, o que foi bom, mas muito sofrido. Na época eu residia na mesma cidade que a minha mãe e ela não trabalhava e sem pensar duas vezes ela começou a ficar com minha bebê para eu trabalhar. Fui trabalhar chorando durante as duas primeiras semanas de trabalho. Não era um choro somente de escorrer lágrimas como as atrizes de novelas choram... era um choro desolador cheio de soluços e até uns gritinhos de vez em quando.
Quando eu chegava pra trabalhar muitas vezes precisava ir lavar o rosto e retocar a maquiagem porque eu estava assustadoramente inchada de tanto chorar... Assim foi por duas semanas! A partir da terceira eu comecei a me conformar, morria de saudade e o peito quase explodia de tanto leite que acumulava durante o dia, eu saía do trabalho só pensando em amamentar, não pensava mais na saudade, nem no dó que foi ficar longe dela o dia inteiro, só pensava em dar de mamar.
Por causa do longo período que ela ficava sem mamar ela começou a largar o peito e, com 7 meses de vida já nem queria mais saber do peito, pois havia descoberto a maravilha da mamadeira. Eu fiquei bem triste com essa transição, foi mais difícil pra mim do que pra ela, mas a gente sobrevive.
Minha mãe amava ficar com ela, cuidava com o amor e carinho que só quem é vó conhece. Eu ia trabalhar sempre muito tranquila porque a Bianca estava sempre bem amparada. Até que chegou o momento de ela começar a frequentar uma escolinha, ela começou a frequentar com quase 2 anos e foi uma idade boa, foi difícil a adaptação dela, mas ela se saiu bem!
Agora, neste segundo bebê eu já não morava mais em São Paulo, e não tenho nenhum parente de confiança que more aqui, já não sou mais bancária, sou autônoma e o INSS paga o auxílio maternidade por apenas 4 meses.
Desta vez foi um grande impasse! Mas incrível como as coisas acontecem em nossa vida e nos ajudam a amadurecer, eu sofri bem menos. Como eu sou autônoma tenho uma agenda bem flexível, mas ainda assim, não me permite ficar com meu bebê todos os dias o dia todo, mas não exigia que eu ficasse muitas horas longe dele, então a adaptação para mim foi bem mais tranquila e como ele tinha somente 4 meses, não entendia nada e praticamente não estranhou nada.
Comecei deixando ele num hotelzinho, eu pagava as diárias dele e não havia compromisso mensal, portanto, se eu o levasse 5 vezes por mês, pagava somente 5 diárias e assim fui me adaptando. quando ele completou 6 meses comecei a sentir a necessidade de dedicar mais tempo ao trabalho, dada a crise financeira e política que nosso país está passando, precisei procurar uma escolinha que fornecesse um bom cuidado por um bom custo benefício.
Mudamos o Davi para a mesma escolinha da Bianca (que é mensal) e ele se adaptou muito bem. Pra nós esta adaptação foi bem mais tranquila, porque diferente da primeira vez, que foi no choque, desta vez pudemos aos poucos ir desapegando dele e ele de nós. O Davi largou o peito com 8 meses também de forma bem natural, eu fiquei triste mais uma vez, porque gostaria de amamentá-lo até pelo menos um ano, mas não houve frustração pra ninguém e foi do jeito que deveria ser.
O Davi é um bebê super doce, ele sorri pra todo mundo, fica bem em qualquer lugar, come de tudo e adora ir pra escolinha. Pra Bianca foi bem mais difícil a adaptação do que pra ele e o desenvolvimento da Bianca foi mais demorado do que o dele.
A Bianca ficava bastante tempo no andador, então não engatinhou e começou a andar com 11 meses, como foi cuidada pela vó e por nós nunca precisou falar nada, então quando ela tinha 2 anos mal falava mamãe e papai, usava fraldas e chupava chupeta quase o dia inteiro, depois que ela entrou na escola com a ajuda da professora que foi um anjo em nossas vidas ela largou dentro de alguns meses a fralda e a chupeta com a ajuda da minha mãe largou no ano seguinte.
O Davi se desenvolveu bem naturalmente, começou a engatinhar com 9 meses, agora com 10 ele está começando a tentar se equilibrar em pé sozinho, come algumas coisas sozinho (frutas, pães, biscoitos), já ensaia falar um papa e de vez em quando com muito estímulo um mama também. Ele é apaixonado pela irmã e ela é o anjo da guarda dele.
Não existe criação igual, cada um exige uma criação diferente e cada época também. Não me arrependo de nada e fui abençoada com crianças lindas e educadas.
O retorno ao trabalho é mais difícil pra nós do que pros nossos filhos, mas quer saber? Nós sobrevivemos depois de um pouco de sofrimento e eles, sobrevivem lindamente e as vezes isso que mais dói, ver aquela pessoinha que dependeu só de você por tanto tempo não dependendo tanto mais. Desapegar dói. Mas a gente acostuma e aprende a aproveitar cada etapa da vida desses anjinhos que Deus nos presenteia.
Fique em paz! Se você não tiver ninguém de confiança Deus vai preparar o melhor pra você e pro seu bebê! Confie!
Obrigada mais uma vez por todo o carinho, fiquem com Deus!
Beijinhos
Hoje estou aqui para compartilhar com vocês a minha experiência no retorno ao trabalho.
Foram duas, as duas muito diferentes uma da outra.
Da Bianca (que hoje tem quase 6 anos) eu era bancária então deveria retornar ao trabalho após seis meses de licença, o que foi bom, mas muito sofrido. Na época eu residia na mesma cidade que a minha mãe e ela não trabalhava e sem pensar duas vezes ela começou a ficar com minha bebê para eu trabalhar. Fui trabalhar chorando durante as duas primeiras semanas de trabalho. Não era um choro somente de escorrer lágrimas como as atrizes de novelas choram... era um choro desolador cheio de soluços e até uns gritinhos de vez em quando.
Quando eu chegava pra trabalhar muitas vezes precisava ir lavar o rosto e retocar a maquiagem porque eu estava assustadoramente inchada de tanto chorar... Assim foi por duas semanas! A partir da terceira eu comecei a me conformar, morria de saudade e o peito quase explodia de tanto leite que acumulava durante o dia, eu saía do trabalho só pensando em amamentar, não pensava mais na saudade, nem no dó que foi ficar longe dela o dia inteiro, só pensava em dar de mamar.
Por causa do longo período que ela ficava sem mamar ela começou a largar o peito e, com 7 meses de vida já nem queria mais saber do peito, pois havia descoberto a maravilha da mamadeira. Eu fiquei bem triste com essa transição, foi mais difícil pra mim do que pra ela, mas a gente sobrevive.
Minha mãe amava ficar com ela, cuidava com o amor e carinho que só quem é vó conhece. Eu ia trabalhar sempre muito tranquila porque a Bianca estava sempre bem amparada. Até que chegou o momento de ela começar a frequentar uma escolinha, ela começou a frequentar com quase 2 anos e foi uma idade boa, foi difícil a adaptação dela, mas ela se saiu bem!
Agora, neste segundo bebê eu já não morava mais em São Paulo, e não tenho nenhum parente de confiança que more aqui, já não sou mais bancária, sou autônoma e o INSS paga o auxílio maternidade por apenas 4 meses.
Desta vez foi um grande impasse! Mas incrível como as coisas acontecem em nossa vida e nos ajudam a amadurecer, eu sofri bem menos. Como eu sou autônoma tenho uma agenda bem flexível, mas ainda assim, não me permite ficar com meu bebê todos os dias o dia todo, mas não exigia que eu ficasse muitas horas longe dele, então a adaptação para mim foi bem mais tranquila e como ele tinha somente 4 meses, não entendia nada e praticamente não estranhou nada.
Comecei deixando ele num hotelzinho, eu pagava as diárias dele e não havia compromisso mensal, portanto, se eu o levasse 5 vezes por mês, pagava somente 5 diárias e assim fui me adaptando. quando ele completou 6 meses comecei a sentir a necessidade de dedicar mais tempo ao trabalho, dada a crise financeira e política que nosso país está passando, precisei procurar uma escolinha que fornecesse um bom cuidado por um bom custo benefício.
Mudamos o Davi para a mesma escolinha da Bianca (que é mensal) e ele se adaptou muito bem. Pra nós esta adaptação foi bem mais tranquila, porque diferente da primeira vez, que foi no choque, desta vez pudemos aos poucos ir desapegando dele e ele de nós. O Davi largou o peito com 8 meses também de forma bem natural, eu fiquei triste mais uma vez, porque gostaria de amamentá-lo até pelo menos um ano, mas não houve frustração pra ninguém e foi do jeito que deveria ser.
O Davi é um bebê super doce, ele sorri pra todo mundo, fica bem em qualquer lugar, come de tudo e adora ir pra escolinha. Pra Bianca foi bem mais difícil a adaptação do que pra ele e o desenvolvimento da Bianca foi mais demorado do que o dele.
A Bianca ficava bastante tempo no andador, então não engatinhou e começou a andar com 11 meses, como foi cuidada pela vó e por nós nunca precisou falar nada, então quando ela tinha 2 anos mal falava mamãe e papai, usava fraldas e chupava chupeta quase o dia inteiro, depois que ela entrou na escola com a ajuda da professora que foi um anjo em nossas vidas ela largou dentro de alguns meses a fralda e a chupeta com a ajuda da minha mãe largou no ano seguinte.
O Davi se desenvolveu bem naturalmente, começou a engatinhar com 9 meses, agora com 10 ele está começando a tentar se equilibrar em pé sozinho, come algumas coisas sozinho (frutas, pães, biscoitos), já ensaia falar um papa e de vez em quando com muito estímulo um mama também. Ele é apaixonado pela irmã e ela é o anjo da guarda dele.
Não existe criação igual, cada um exige uma criação diferente e cada época também. Não me arrependo de nada e fui abençoada com crianças lindas e educadas.
O retorno ao trabalho é mais difícil pra nós do que pros nossos filhos, mas quer saber? Nós sobrevivemos depois de um pouco de sofrimento e eles, sobrevivem lindamente e as vezes isso que mais dói, ver aquela pessoinha que dependeu só de você por tanto tempo não dependendo tanto mais. Desapegar dói. Mas a gente acostuma e aprende a aproveitar cada etapa da vida desses anjinhos que Deus nos presenteia.
Fique em paz! Se você não tiver ninguém de confiança Deus vai preparar o melhor pra você e pro seu bebê! Confie!
Obrigada mais uma vez por todo o carinho, fiquem com Deus!
Beijinhos
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