Depressão pós parto?

Olá queridos amigos e leitores!

Hoje eu venho conversar com vocês sobre um assunto bem complicado e que dificilmente é aceitado pela mãe ou pela família: depressão pós parto ou como modernamente tem sido chamada "BabyBlues".

Na minha primeira filha não tive, graças a Deus, mas do segundo filho eu tive algo bem próximo ao chamado Baby Blues.

E é muito difícil tratar sobre o assunto porque nem sempre a gente tem consciência que está passando por isso e para os cônjuges e a família parece que somos ingratas por não estarmos 100% felizes neste momento, e, muitas vezes nos sentimos sozinhas o que acaba piorando a situação.

Eu sofri bastante com as crises de cólicas do Davi e não sabia se eu sentia vontade de chorar por causa do sofrimento dele, do meu, ou se era simplesmente hormonal. Me senti um monstro por tantas vezes ter desejado simplesmente largar tudo e sumir do mundo. Me senti só todas as vezes que as pessoas me perguntavam porque eu estava com essa aparência de triste, me senti culpada por não me sentir feliz como deveria me sentir.

Tiveram dias que eu só consegui sentar no chão com meu bebê no colo, nós dois chorando e eu olhava pra ele tão lindo e perfeito e me sentia uma bruxa por não conseguir fazer ele parar de chorar, por não conseguir me controlar e me acalmar.

Então eu resolvi desabafar com uma amiga que tinha passado por isso. E me ajudou bastante! Eu consegui entender que era somente uma fase e isso me trouxe esperança. Entendi que não era um problema psicológico e sim uma sobrecarga hormonal e que logo passaria.

A partir deste momento eu passei a conversar com outras mulheres e ler alguns fóruns onde as mães desabafavam a respeito de seus surtos e não me senti mais só. Me senti grata porque tantas pessoas tiveram a coragem de ir na internet e desabafar todos aqueles fantasmas que as assombraram durante alguns meses.

Sabem, eu não sei exatamente quando foi que passou tudo. Porque aos poucos eu fui aceitando melhor e me conformando, e me esforçando para manter a cabeça no lugar e lutar contra aquele monstro hormonal que quase me fez entrar em uma depressão. A esperança de que amanhã eu me sentiria mais feliz era muito grande e me deu forças para acordar todos os dias e amar cada dia mais intensamente meu bebê.

Se você é marido e está lendo isso por favor seja compreensivo com sua parceira! Ela agora mais do que nunca precisará de seu apoio e compreensão, não é fácil! Mas sua parceria e amor são cruciais para que ela passe por este momento como uma rainha e vença sem maiores prejuízos ao casamento ou à relação mamãe bebê, ou até mesmo, ela com ela mesma. Tente oferecer ajuda durante a madrugada, depois que o bebê já tiver mamado e não quiser dormir se ofereça para ficar com o bebê para ela dormir um pouco, isso faz toda a diferença! Não cobre dela a casa limpa, a comida feita, a roupa lavada ou o cabelo não penteado, AME! Não pergunte porque ela está triste, nem a olhe com olhar de julgamento, acredite, ela se olha no espelho com esse mesmo olhar e tem vontade de dar uns tapas na própria face para ver se toma vergonha na cara.

Homens não passam por esse momento e nunca farão idéia do que é esse sentimento, por isso é tão difícil pra eles entender. Eles não geraram, não sentiram os chutes, nem a azia, nem as dores, nem as vontades imediatas de fazer xixi. Eles não sonharam com esse momento quando eram crianças nem sacrificaram o corpo para que essa vida tão perfeita e amada chegasse.

Nós abrimos mão de muita coisa: do nosso corpo sarado, das nossas noites de sono, das nossas unhas feitas, do nosso cabelo escovado, dos nossos rolês com as amigas, da nossa carreira algumas vezes e quando vem essa enxurrada hormonal a gente chega a se questionar se era mesmo a coisa certa a fazer, quem nunca fez esta pergunta nunca teve a ambição de ser uma mulher bem sucedida e independente, não nos julguem! Mas acreditem, ter filhos é a coisa certa! É quando você deixa de ser egoista e passa a amar outra pessoa de uma forma que não é possível mensurar, é você colocar o bem estar de alguém acima de tudo, é você ir no Shopping e não conseguir ver nada além de macacões, bodys, sapatinhos e adereços para seu bebê.

E quando essa fase difícil passa só fica a gratidão. Porque não fosse esse período você jamais saberia o que é olhar sem culpa para aqueles olhos brilhantes e sentir tanto amor e tanta alegria simplesmente por poder estar ali e conseguir curtir aquele momento. Isso passa! Agora é possível amar sem sofrer, é possível sorrir por dentro e por fora de verdade, é possível olhar pra trás e dizer: eu venci!

Mães perfeitas não existem! Mães guerreiras e fortes sim! E não é por você ter alguns momentos de fraqueza que te faz fraca, é como você enfrenta esses momentos que te torna uma vencedora e acima de tudo, a fé em Deus e o amor de sua família te ajuda a enfrentar toda e qualquer dificuldade, creia!

Se você estiver lendo isso porque está passando por isso ou tem medo de passar (está grávida ainda) fique calma, nem todas passam por isso nem todas ficam meses sofrendo. Se você está lendo porque já passou por isso, fique em paz. isso logo passa! Se você é marido e está tentando entender o que sua amada está passando tenha calma e paciência, você é uma peça fundamental para que ela passe por este momento com rapidez e equilíbrio. De qualquer forma obrigada por darem atenção à minha opinião e experiência, espero que Deus seja com todos e que a família de vocês seja a mais unida e feliz possível!

Deus os abençoe!

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